quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

De Trás-os-Mostes ao Caeté



Lá vem a *Clarineta pelo rio a navegar

Trazendo um povo distante das terras do além mar.

A pérola repousa altaneira

Ao lado de lindas palmeiras

Debruçada na beira do meu Caeté rio mar.

Meu santo escuta o seu grito,

lá vem Benedito lhe abençoar.

Chegaste num dia de festa

De São Benedito, do teu povo irmão.

Escuta o som da *Rabeca,

Dos fogos de vista e do meu *Retumbão.

Verá a maruja dançando,

O homem cavalhando no seu alazão.

Verá o povo contrito pelas ruas caminhando,

Acompanhando o Santo em procissão.

Seu canto ecoa pelas ruas,

As trilhas da fé desta bela cidade.

Seu sangue é azul, é vermelho,

Como disse *Jorge: É Bragantinidade!

Sinta o Calor deste povo

Que lhe abraça e recebe

Com muita emoção,

Sinta o cheiro desta terra,

Que povoa minha mente de doces lembranças.

Meu espaço, meu reduto, meu mundo,

Minha querida Bragança!

Meus queridos irmãos!

SEJAM BEM VINDOS!

José Leôncio Siqueira



Clarineta: barca da peça Marujada.

Rabeca: Instrumento musical com características semelhantes ao

Violino.

Retumbão: Principal rítmo musical da Marujada

Jorge: Jorge Ramos, poeta e escritor bragantino, criador do termo “Bragantinidade”.



No periodo de 23 à 27 de Dezembro de 2008, uma comissão de Bragança de Portugal, esteve em visita oficial ao município de Bragança do Pará, iniciando um intercâmbio internacional entre os Governos municipais das cidades co-irmãs. Na oportunidade a obra Trilho: O Caminho dos Sonhos (Memorial da Estrada de Ferro de Bragança), foi entregue em cerimônia especial realizada no SENAI da cidade de Bragança, como refêrencia histórica do município.

Ocassião em que o autor declamou a poesia de boas vindas: De Trás-os-Montes ao Caeté, entregue em forma de pergaminho à comissão portuguesa.


Tristes Lembranças

Ainda acordo sonhando com o apito do trem,
a estação era em frente a nossa casa em Bragança.
Não são Sonhos de Criança, são doces e saudosas lembranças.
O Fantasma segue o seu trilho no seu vai e vem,
aqui em Castanhal, ainda escuto o apito do trem.
As lágrimas não são de criança, são de adulto e suas tristes lembranças.

José Leôncio Siqueira


Esta Poesia consta na sobre-capa(ver a baixo) do apoiador Tumas Confecções.



Obs: A sobre-capa é uma forma de apoio a obra literária Trilhos: O Caminho dos Sonhos (Memorial da Estrada de Ferro de Bragança).
Com a aquisição de doze ou mais exemplares, o comprador passa a se tornar um apoiador da obra, recebendo seus exemplares com uma sobre-capa personalizada, constando a logomarca, endereço e uma mensagem especifica para o seu cliente.


Ver Exemplo:


Passo Doble

Com muita honra apoiamos a Obra Literária: Trilhos: O Caminho dos Sonhos (memorial da Estrada de Ferro de Bragança). A Estrada de Ferro de Bragança fez nascer no coração da Amazônia um novo país, uma nova raça, fruto da miscigenação resultante da chegada de tantas raças aqui desembarcadas um dia, identificadas por um único nome: Imigrantes. Foram os espanhóis os que mais contribuíram com o desenvolvimento da região, encontrando na nova terra, a extensão de seu próprio berço, plantando nela a semente do progresso, regada com suor e sangue, fazendo nascer de suas entranhas a ZONA BRAGANTINA, gerando o desenvolvimento de todo Nordeste do Pará.


José Luis Terra Fernandez



O valor unitário da obra: R$ 25,00.

Valor mínimo do contrato de apoio: R$ 300,00. Referente a 12 livros.

Contato do Autor:
(91) 9142-4744 / 3266-4268
José Leôncio Siqueira
joseleonciosiqueira@ig.com.br

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O autor fala de sua obra



Uma boa parte da história ferroviária do Estado finalmente estará disponível na íntegra para leitores curiosos e pesquisadores. O escritor José Leôncio Siqueira lançou o livro 'Trilhos: O Caminho dos Sonhos (Memorial da Estrada de Ferro de Bragança)', que destrincha a linha do tempo dos trens paraenses e que demorou mais de três anos para ser finalizado. A publicação chega às prateleiras das livrarias no ano em que a inauguração da Estrada de ferro de Bragança completa um século de realização. José Siqueira, nascido em Vigia no ano de 1946, mudou-se para Bragança em 1958, mas já conhecia a Zona Bragantina. Viajava sempre com a família de trem para Salinópolis e Maracanã nos anos de 58 a 64 e, segundo ele mesmo, sempre teve interesse na responsabilidade maior dos trens, os quais considera 'a verdadeira alavanca do desenvolvimento de todo o nordeste do Pará'. O reconhecimento veio com o título de Cidadão de Bragança, concedido ao escritor pelos serviços prestados. Como conta o próprio autor, o livro é dividido em partes. 'A primeira parte do livro é uma viagem de Bragança à Belém descrevendo um pouco da história de cada um dos municípios que estão no meio do caminho e que surgiram em decorrência da ferrovia, como Ananindeua e Marituba. A segunda parte discorre sobre a construção da estrada e a ação dos governos posteriores sobre ela. Para isso, tive de pesquisar muito e escrever baseado em textos da época, entre eles, o documento de prestação de contas do ex-governador Augusto Montenegro referente às próprias ferrovias', contou. Em 'Trilhos', o leitor encontrará dados históricos referentes a vários pontos que ainda fazem parte do dia-a-dia do paraense, além de imagens históricas. Um exemplo é a Estação de São Brás, que hoje virou o principal Terminal Rodoviário da cidade, e a Estação da 16 de Novembro, hoje integrada ao Quartel dos Bombeiros. 'Tudo é fruto de uma pesquisa árdua, mas o importante é que está tudo lá, para quem quiser ler e saciar a sede de saber como a cidade funcionava no meio do século XX', explica o autor. Ainda sobre o título concedido pela Prefeitura de Bragança, José ressalta que foi ele o descobridor de um erro nos registros históricos: a data de comemoração da inauguração da Estrada de Bragança estava errada por um mês. 'A retificação da data de inauguração da Estrada de ferro de Bragança era considerada até pouco tempo como 3 de maio de 1908. Isso foi corrigido neste ano, após a localização, no acervo público municipal de Bragança, da ata da sessão solene da inauguração da própria Estrada de Ferro de Bragança, registrada em 3 de abril de 1908. Depois de um século o erro foi corrigido em uma nova sessão solene, na data correta, festejando os 100 anos de existência da ferrovia', disse ele.